terça-feira, 2 de dezembro de 2014



3 anos e 11 meses ou 1.430 dias

Que a paciência não acabe, que a sabedoria não cesse, que o companheirismo não nos largue, que os sorrisos não se fechem, que a paixão arrebate, que o carinho acompanhe,  que a parceria tope tudo, que o cuidado prevaleça, que a compreensão sempre entenda, que o tesão permaneça e que o amor seja eterno!


Te amo pra todo sempre
Tua Lê

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Namorado é o protagonista dos nossos devaneios mais gostosos que a gente escolhe quase sem querer. Quando se vê o coração já virou abrigo daquele olhar, o abraço morada de uma saudade e o sorriso palácio de um afeto só: o amor. Quando se vê já é carnaval na Sapucaí, nas ladeiras de Olinda e dentro daquela melodia adocicada que o coração insiste em chamar de namoro. É pra você que ela se esforça em cada segundo deste relacionamento para ser a mulher que vai preencher de permanência todas as lacunas deixadas pelos anos desgostosos de amores desencontrados. Por isso, honre o cargo, vista a camisa, mereça essa dança e faça cada segundo ao seu lado valer a pena.
Seja um namorado presente, que faça da calma e do sossego a constância que o coração dela tanto mendigava em outras vivências. Seja um namorado que adota a parceria como um estilo de vida, que participa do ócio, da tormenta, da compulsão por chocolate meio amargo na TPM e do vício em seriados românticos na sexta à noite. Seja o incentivo, o apoio e o alicerce quando o resto do mundo parecer desmoronar. A mão escondida na primeira fileira da plateia que sustenta o nervosismo durante o recital de dança. Seja o equilíbrio, dentro de toda reviravolta mensal de hormônios em fúria, que tira dos eixos todas as mil facetas da mulher sensacional que existe dentro dela.
Seja um namorado que oferece o colo, o aconchego e o cantinho metodicamente moldado do lado direito do seu ombro todas as vezes que ela vier pedir amparo. Seja um amigo em forma de parceiro. Chore com ela, sorria com ela, vibre com ela, se envolva com ela, porque mulher é feita mesmo é de correspondência de almas, de atitudes, de essência. Retribua cada pequeno requinte de delicadeza do cotidiano com a curva mais desejada do seu corpo: o sorriso. Seja o cara que se atém a pequenos detalhes que fazem toda a diferença, como comprar o pão de linhaça que ela adora para o café de domingo ou, antecipar o dia dos namorados só pra não deixar a euforia da copa do mundo ofuscar a data preferida dela. Vista todos os dias a transparência de vontades que ambos compartilharam naquele primeiro olhar a dois, ali, perdido entre umdrink e outro, muito antes desses caminhos tortuosos se encontraram numa esquina qualquer.
Acima de tudo, seja um namorado que ela vai ter orgulho de escolher todos os dias para caminhar de mãos dadas por essa travessia louca chamada de vida. Seja a permanência em meio a tanta gente que vai embora. Porque o porto do amor é fundamentado e sempre será ancorado pela presença.
Por isso, seja muito mais do que qualquer palavra, metáfora ou conto de fadas possa descrever. Príncipe encantado mesmo, na literalidade do personagem, é aquele que entende que mulher é feita de troca e carinho. Tudo que ela quer e precisa é de alguém com a mesma disposição dela para amar incondicionalmente e ser feliz. Então, seja o encontro de tudo aquilo que faltava para preencher sua vivência de plenitude. Seja um namorado que diga sim a ela, a felicidade e ao amor. Não existe nada mais encantador no mundo do que alguém que solta seus cabelos e te convida a sambar a dois em toda uma avenida de reciprocidades. Porque é de escolhas que se faz um namorado, mas é de vontades que se conjuga o amor.

Daniele Daiann

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Case-se com um homem que deite no seu colo, de um jeito meio largado, meio descompensado, meio de quem pede ajuda porque o chefe é um mala e as coisas só dão certo porque ele tem você no fim do dia. Não escolha alguém que faz tudo por você, que vive por você, que atende todos os seus caprichos. Sabe por quê? Porque um cara desses deixaria de ser dele pra ser seu, se esqueceria da vida dele pra viver a sua e, cá entre nós, você quer somar, não é? Ou quer alguém que viva por você, não com você? Por isso mesmo é que você deve se casar com alguém que traga um novo mundo pra juntar ao seu e que te mostre como os seus planetas ainda podem ser desalinhados de uma forma bonita.
Case-se com um homem que te desperte. Da cama, do medo, dos pesadelos. Que te beije na testa com ternura e faça cafuné, mesmo sabendo que você odeia que enrolem o seu cabelo. Um homem desses que despenteiam, desses que deixam uma bagunça gostosa no meio campo. Queira um homem, um cara, um rapaz, seja lá o seu termo preferido, que tenha um olhar que não te atravesse. Alguém que vai olhar pra você e ver quem você é, sem construções idealizadas ou suposições construídas na fantasia. Sem olhares que atravessam e se desviam, que não encontram os seus olhos e caminham pelo seu corpo. Escolha os olhos daquele que sustenta o mundo quando te olha. Ele tem que ser forte, e talvez a força dele seja essa de te ajudar a dividir o peso do mundo nas costas, de te ligar no almoço pra dizer que te ama e que nunca se esqueceu de ti.
Queira um cara que vá se emocionar quando vê-la entrando na igreja. E que se emocione com você de pijama acordando. Que te ache linda independente do seu manequim e que se orgulhe de você pelas suas conquistas do dia a dia, até aquelas pequenininhas como conseguir passar do primeiro dia da dieta. Case-se com um homem que vá rir de você quando você fizer um escândalo por ter quebrado a unha ou por ter furado o dedo pregando um quadro na parede. Ele tem que ser do tipo que sabe que você não precisa dele, e por isso mesmo que fica. Fica e vai ficando, vai se alojando no sofá, vai deixando a escova de dentes e quando você for ver, ele vai ter aprendido alguma receita no Google pra tentar te impressionar. Valorize um homem pelo esforço dele, não só pelo resultado final. Você vai perceber que um homem que se esforça pra te ver feliz é um homem que vale mais do que qualquer Encantado que a Disney tentou te vender como homem perfeito. Desconfie de um cara sem defeitos. E aprenda: tipos perfeitos como os dos livros infantis não existem. O que existe são homens que, ao seu modo, conquistam você e fazem pender a balança pro lado das qualidades, enquanto você aprende a lidar com os defeitos.
Deseje um guri que seja louco. Não por você, mas pela vida. Gente louca pela vida gosta de explorar o mundo, a cidade, a rua de cima, o novo restaurante japonês da Liberdade e tudo mais. Gente que é louca pela vida entende bem de liberdade, companheirismo, amizade e todos esses sentimentos que só quem gosta de viver entende. Além disso, te garanto que gente assim tem um ótimo papo. Daqueles que não contam vantagem e ainda desenham na sua cabeça as cenas todas que alguém com muita paixão já viveu. Daqueles que fazem você se apaixonar sempre que falam da forma com que o mundo deles mudou desde que você chegou.
Por fim, mas não menos importante, case-se com um homem que te ame em detalhes. Nos cartões das flores, na careta da selfie, na camisa cafona que a sua mãe deu de presente, na vez em que ele percebeu que você tinha cortado o cabelo antes de você falar, nos pedidos de comida às duas da madrugada quando ele percebe que você tá morrendo de fome e cagou pra dieta, no anti-alérgico que ele carrega na carteira caso você precise.  Case-se com quem te faça sentir que esse texto é pouco pra falar dele e te faça vontade de continuar a escrevê-lo, mesmo que você não seja lá muito boa com palavras, mesmo que você só saiba definir o que sente por ele como amor.
Como é bom, enquanto comemos ovinhos de amendoim compulsivamente e mantemos os nossos pés colados. Como é bom quando você sugere, ostentando um sorriso de criança em véspera de Natal e arregalando bem os olhos, que troquemos a rotineira e sem graça salada por uma gordurosa Pizza Hut com borda exageradamente recheada. Acho até que gosto mais de você do que de massa pan. E que amo, sem peso na consciência, os dias nos quais resolve me livrar das garras entediantes do regime. As fibras, as gorduras boas, os fitoesteróis e todas aquelas coisas que comemos somente porque os médicos recomendaram, com certeza, podem nos esperar. Afinal, um nhoque com você faz de um dia comum, qualquer um, um delicioso Carnaval.
Como é bom quando finalmente chegamos ao hotel, abrimos a porta de um quarto que geralmente cheira a tabaco de antigos hospedes e, sem ceder àquela dor advinda das frustrações, apenas rimos após descobrir que fomos, pela milésima vez, enganados pelas fotos picaretas de algum site viagens. Ao invés de chorar ou de perder tempo reclamando com o gerente, sobre a cama que na foto parecia infinitamente maior, aplicamos algumas cambalhotas de alegria e, sem sofrimento por fazer com que o primeiro passo do roteiro nos espere mais um pouco, vestimos a nossa melhor fantasia: a nudez franca. E no banheiro do hotel, local de onde a banheira – aquela que nas fotos mais parecia uma piscina de ondas – evaporou, antes mesmo de começarmos a exploração do novo território geográfico, você geralmente ri do meu moicano de xampu – o mesmo que eu faço no banheiro da sua casa. E, em meio ao vapor que embaça o espelho, para nos tornamos mais audíveis do que o som da ducha, conversamos quase aos gritos. E você, sempre sem reclamar, permanece comigo por lá – sentada sobre a tampa da privada – até que eu termine de ensaboar o meu corpo e diga: “Sua vez, cabeça de toy art!”. Às vezes, também chamo você de “cabeça de cogumelo”. Ou de “cabeça de rambutão”. Ou de “cabeça de purê de batata” Ou de cabeça de alguma coisa engraçada que eu escolho, aleatoriamente, apenas para fazer você rir.
É tão bom quando você, somente após a segunda garrafa de vinho e com os dentes já totalmente roxos, confessa que gosta de mim, de verdade. E quando fala rindo, com voz meio mole, que meus olhos estão quase fechados. É tão bom quando, ao seu lado, acordo de um sonho bom e, ao notar a sua presença imóvel, ao invés de tentar voltar ao momento lúdico do qual saí, prefiro ficar de olho na cara de paz que faz enquanto dorme. Você, dorminhoca do jeito que é, nem nota, mas se eu ganhasse uma milha aérea por cada minuto que passo zelando por seu sono, certamente poderia voar até Bangladesh. E você, cabeça de hot dog, claro que iria comigo! O que faríamos em Bangladesh? Ué, o mesmo de sempre: absorveríamos de mãos dadas e corações trançados – o que é bem mais interessante – as múltiplas experiências que um país novo pode oferecer a um casal que se dá bem em qualquer língua e até quando só pode se comunicar através de gestos. Não está bom? Para mim, está perfeito.

Ricardo Coiro

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Sabe o que eu entendi hoje? Entendi que quero várias coisas da minha vida. Falar inglês fluente, e de preferencia outra língua também; conhecer o mundo, com uma atenção especial às ilhas maldivas; ser bem sucedida; escolher o meu horário de trabalho e tirar a segunda-feira de manhã dele; quero ser voluntária; quero trabalhar com crianças; quero ter filho; quero acordar todo dia e ver o mar; quero ter tempo; quero ter um belo apartamento e um mais belo ainda de praia. São tantos objetivos, tantas aquisições a serem feitas, mas eu entendi que o principal eu já tenho: Você. E eu quero que todos esses sonhos se concretizem a partir disso, porque estar contigo é maior que isso tudo. E só vai ter graça se tu estiver ao meu lado.


Tua Lê (Escrito em 03/07/12)
Tenho tanta coisa pra te falar... Falar o quanto tu já mudou a minha vida, o quanto eu penso em ti, o quanto te admiro, o quanto olho pra ti de uma forma especial. São tantas as coisas que gosto em ti, que tu não deve nem imaginar. Gosto do jeito que tu dirige, do jeito que colocas a mão na minha perna enquanto dirige, gosto do jeito que me abraças, que me apertas, que me puxa quando a gente ta dormindo, gosto de te ver dormindo, da tua boca esmagadinha pelo travesseiro, do teu olhinho fechado quando sorri, do jeito que tu me imita, da vergonha quando diz que vai sentir saudade, gosto quando pede pra eu não ir, pra ficar mais um pouco, pra dormir contigo. Gosto de cada gesto de carinho que podes nem perceber que fazes, gosto de tudo que vem de ti... Gosto do apertinho no coração quando não te vejo e da ansiedade quando estou prestes a te encontrar. Gosto de como me sinto quando to perto de ti e da pessoa que sou quando to contigo. Gosto de ti comigo, e de mim contigo. Gosto da gente junto!

                                                                                              Escrito em 23/11/2010

sábado, 3 de maio de 2014

Nunca entendi algumas pessoas na vida. Aquelas que gostam de batata frita com sorvete. As que preferem cidade à natureza. As que mandam indireta no Facebook. Mas se tem um grupo de pessoas que me deixam mais confusa ainda, são aquelas que gostam de amores turbulentos.

Esse tipo de gente que é viciado numa briga. Que acha o melhor sexo do mundo aquele de reconciliação. Que usa a criatividade para inventar coisas que não existem só pra poder soltar faísca. Que tem orgasmos ao ganhar uma discussão. Que fuça no celular do outro torcendo pra achar qualquer motivo pra pegar no pé. Que tem como esporte preferido jogar coisas na cara. Que acha que um amor “tranquilo com sabor de fruta mordida” só é bom mesmo na voz do Cazuza.
Você com certeza conhece pessoas assim, ou quem sabe, pode ser uma delas. Não me leve a mal, mas é que sempre tive uma curiosidade enorme de entender como o cérebro dessas pessoas funciona. O que motiva essas pessoas a gostarem de relacionamentos no qual a guerra impera? Tem gente que acha que brigar todo dia ou toda semana é normal. Que acha normal levantar a voz para o outro, xingar a mãe, quebrar pratos, dizer um monte de barbaridades, e depois ir dormir abraçado de conchinha.
Minha teoria é que essas pessoas são viciadas na adrenalina gerada por uma briga. Elas são viciadas na sensação de fragilidade e só dão valor quando se lembram de que nada é verdadeiramente seguro. Gostam de ter a sensação de que tudo pode acabar no próximo instante. Se sentem que tudo está bem, que o mar anda calmo, sem ondas, uma piscina, começam a se sentir entediadas e acham logo um jeito de trazer uma tempestade para mudar os ares.
Assim como não entendo – mas respeito – as pessoas que gostam de batata frita com sorvete, respeito as que sofrem de abstinência quando ficam muito tempo sem brigar. Cada um sabe a dor e os prazeres de ser quem é, e ainda bem que existe livre arbítrio no mundo. Eu, no entanto, sou do time que adora um amor tranquilo.
Sou viciada mesmo é na calmaria de uma conchinha. Num abraço de bom dia seguido de um “que-bom-que-você-tá-aqui”. Na saudade antes mesmo de partir. No sexos de amor, e não de reconciliação. Na sensação de poder se jogar com a certeza de que o outro vai te segurar. No cafuné na cabeça com colo macio depois de um dia áspero. Nas madrugadas de conversa que passam sem ver – e que só acabam quando o sol vem te lembrar que é hora de dormir. No encaixe dos corpos sem que só faíscam de tanto amor. Na troca de elogios. No descompasso do coração – de paixão, e não de ódio. Na sensação de entregar o coração na mão do outro e ter certeza de que ele vai cuidar tão bem como se fosse o dele. Nas declarações de amor deixadas no espelho. No desafio de se reapaixonar todos os dias – e ter a certeza de que é possível.
E no fundo acho mesmo que quem diz que gosta de amores turbulentos é porque nunca viveu a delícia de um amor facinho. Porque de guerra, o mundo já está cheio.

Jaque Barbosa